Como Dinamizar o Ensino?
* Depois de uma oração a aula começa.
* Ninguém se lembra do assunto da lição passada.
* Ninguém fez a leitura bíblica semanal.
* O professor começa a ler a lição da revista.
* Finalmente, graças a Deus, toca o sinal avisando que o
tempo da EBD acabou.
E ninguém
consegue entender por que a frequência da EBD é cada vez mais fraca.
O caso apresentado
talvez pareça ser um extremo, porém em muitas igrejas, infelizmente, não o é.
Muitos professores
gostam de culpar seus alunos supostamente “descompromissados” com a Palavra de
Deus, e às vezes têm razão. Mas será que muitos não param de frequentar a EBD
por julgá-la cansativa e monótona para não se dizer, em alguns casos, sem vida?
Espera-se do
professor da EBD de hoje uma capacitação contínua em seu processo de
aprendizado para que seu ensino seja dinâmico, inovador, motivador e
contagiante.
A realidade da
grande maioria dos alunos da EBD é que muitos deles são alunos graduados ou
pós-graduados, que buscam interagir neste processo de aprendizagem com
informações e conhecimentos do mundo inteiro graças à globalização, e nós,
professores, às vezes, não sabemos o que se passa diariamente em nossa cidade,
pois não encontramos tempo para nos atualizar com as notícias.
“É preciso rever o perfil do professor, abandonando a imagem
de ‘auleiro’, para redimentar a competência renovada e renovadora, crítica,
capaz de estabelecer e restabelecer o diálogo inovador com os desafios do futuro,
na cidadania e produtividade” (Pedro Demo. Desafios Modernos da Educação).
Muitas são as
“desculpas”, ou seja, os motivos pelos quais muitos professores alegam não
mudarem suas aulas:
* Desinteresse dos alunos em estudar a lição;
* Falta de visão da liderança da igreja em capacitar e
investir na área pedagógica;
* Falta de uma Biblioteca que atenda as necessidades da
comunidade;
* Falta de instalações adequadas para ministração das aulas.
Enfim, poderíamos
continuar listando tantos motivos, atrás dos quais muitos professores se
escondem para continuar acomodados confortavelmente em seu título de “professor
da EBD”. No entanto, nenhum aluno pode ter em seu processo de aprendizagem seu
aproveitamento prejudicado por acomodação do professor. Não basta declarar que
é professor da EBD há 20 anos e que detém todo conhecimento necessário para a
função, ou que é membro fundador da igreja e não tem mais nada para aprender. É
necessário saber o que fazer e como fazer. Nunca é tarde para quem se propõe
aprender.
Nossas aulas
dominicais precisam passar de um repasse de informações, para um cultivo da
capacidade de reflexão, aplicação e mudança sobre a vida de nossos alunos a
cada aula.
Afinal temos um
ótimo modelo a ser seguido, “O ensino de Jesus”. Este foi imprevisível e
criativo, com práticas que garantiam maior impacto para suas palavras. Usava
diálogos, perguntas e respostas para provocar a reflexão de cada ser humano por
Ele abordado. Contava histórias que envolviam os outros ouvintes, até os mais
“religiosos e doutores da Lei”, antes mesmo de eles perceberem que eles mesmos
eram a “razão da história”. Se o Mestre dos mestres precisava ensinar com
criatividade, o que dizer de nós?
O que fazer então para que minhas aulas se tornem mais
atrativas e despertem o interesse dos alunos?
* Não tenha medo de mudar. Atualize-se. Utilize literaturas
sobre educação. Existem muitos autores do ramo que merecem nossa atenção e que
muito nos podem ensinar.
* Faça cursos de capacitação para professores. Se sua igreja
ainda não tem, comece a mobilizar-se apresentando um projeto para seu pastor.
Talvez ele só esteja esperando alguém que se disponha para assumir esta área.
* Coloque em prática sua criatividade. Mude a arrumação da
sala de aula. Dê uma aula ao ar livre. Ofereça uma videoaula. Alimente o físico
antes do espiritual. Ex.: faça um café, almoço ou lanche antes da lição.
* Transporte o aluno dos dias atuais para o mundo bíblico e
vice-versa. Um pouco de conhecimento da língua hebraica e grega ajudará neste
desfecho.
* Utilize todos os sentidos do aluno e não somente a
audição.
* Dependa do Senhor e não somente dos métodos. Busque
diariamente a dependência de Deus em todo o tempo, pois não são os métodos
criativos que vão impactar seus alunos e sim a sua vida dirigida pelo Espírito
Santo de Deus.
* Permita que seus alunos avaliem suas aulas. Reflita sobre
o comentário deles e busque com humildade corrigir os seus erros e superar suas
limitações.
Enfim, cabe a você, professor, fazer a escolha: lançar-se à
capacitação ou continuar no lugar de acomodação?
Quero deixar uma frase para você: “É melhor tentar e falhar
do que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do
que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em
dias tristes, em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em
conformidade viver...” (Luther King,Jr.).
Fonte http://estudodominical.blogspot.com/2009/
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