COMO LEVAR AS CRIANÇAS A VIVENCIAREM AS HISTÓRIAS
Como Contar Histórias a Crianças Pequenas
Dick Duerkson
“...vocês devem brilhar como as estrelas no céu, entregando
a eles a mensagem da vida” (Filipenses 2:15, 26, BLH).
“Gostaria que todos vocês sentassem com as pernas cruzadas e
se assentassem sobre elas, a fim de que seus pés não sejam vistos. Assim como
eu estou fazendo. Veja se você consegue esconder seus pés, João. Muito bem.
Agora irei contar-lhes uma história maravilhosa a respeito de um menino cujos
pés estavam há tantos anos quebrados que ele não conseguia correr ou saltar ou
brincar. Ele tinha de sentar-se assim como estamos agora – porém, não por
alguns instantes, mas o tempo todo. Seu nome era Mefibosete”.
Fazer com que as crianças vivenciem a história exige
participação ativa de todos os sentidos: tato, olfato, visão, audição, paladar
e emoções. Requer toda a energia e concentração que você pode reunir a fim de
que o sucesso venha na proporção direta do quanto você investiu na história.
Quando a história se torna viva, você verá fascínio em dezenas de olhos
atentos, irá se alegrar ao ver que a atenção está na história e que as
conversas paralelas cessam. Seus ouvintes devem distanciar-se da sala da Escola
Sabatina enquanto caminham lado a lado pelas ruas poeirentas com Jesus, com
Rute, Paulo, Eva, Davi.
Para ser bem-sucedido ao contar a história, damos algumas
sugestões:
1. Busque a mensagem central da história e escreva-a em uma
única sentença. Repita essa sentença várias vezes durante a história a fim de
que as crianças a memorizem. Na história de Mefibosete, a mensagem central é:
“Embora você possa se sentir como um cão morto, vindo de “lugar nenhum”, Deus o
vê como um de Seus filhos favoritos”.
2. Leia a história e atente para os momentos sensoriais.
Como Mefibosete sentiu a diferença ao trocar suas roupas ásperas pelas roupas
de seda de um príncipe? Qual era o aroma do palácio? Como o cheiro era
diferente de sua casa em Lo-Debar? De que cores eram as cortinas nos aposentos
do palácio? Descreva o som da voz do rei Davi. Como sua voz soava a Mefibosete?
3. Busque os detalhes da história. Onde ficava Lo-Debar? Por
que Mefibosete estava escondido lá? Qual é o significado do nome da cidade?
Quem o escondeu lá? Por que ele se sentia como um “cão morto”? Como ele
imaginava que Davi iria tratá-lo? As respostas a perguntas como essas irá
encher sua história com detalhes fascinantes que a tornam mais verossímil,
pessoal e real. Sua melhor fonte de pesquisa inclui livros sobre a vida e
tempos bíblicos, comentários bíblicos, dicionários bíblicos e notas marginais
de seu estudo da Bíblia. Mantenha seus olhos abertos aos detalhes que poderiam
chamar a atenção das crianças e levá-las a se maravilharem.
4. Escolha palavras sensoriais e use-as de forma descritiva.
Enquanto seca a testa e sorve longamente a água do copo, dê um suspiro profundo
e diga: “Mefibosete vivia em uma cidade quente e poeirenta”, as crianças
deveriam sentir-se suadas e com sede. Algumas delas de fato irão imitar seus
gestos e suspirar junto com você. Quando o rei Davi coloca Mefibosete para
sentar-se à sua mesa, descreva como as almofadas eram macias, o cheiro
delicioso da comida e o sabor gostoso do suco fresco de maçã.
5. Envolva os sentidos das crianças. Faça-as sentarem-se
como Mefibosete se assentava, com os pés que não podiam caminhar, escondidos
sob o corpo. Faça com que encenem como se estivessem com medo do rei,
assombrados com a vista a Jerusalém, repelido por cheirar como um cão morto, e
admirados com o alimento delicioso na mesa de Davi.
6. Esteja preparado para as respostas das crianças. As
crianças gostam tanto de participar quanto de ouvir. Se a sua história for
bem-sucedida, as crianças terão se envolvido e estarão buscando retratos de sua
própria vida ao sua história repassar o vídeo da vida de Mefibosete. Quando
você descreve os sentimentos de tristeza dele, “como um cão morto”, esteja
preparado pois a criança irá desejar falar a respeito de seu bichinho de
estimação que morreu. Outra poderá lembrar-se de haver caminhado por um lugar
poeirento e quente e outras ainda desejarão falar a respeito de seus alimentos
prediletos – “assim como Mefibosete à mesa do rei”. Quando a criança o
interrompe para descrever algo de sua própria vida, ouça, reafirme e então
ligue o comentário à sua história. “Lucas, estou triste de que você já tenha
caminhado por um lugar poeirento e quente. Foi assim que Mefibosete se sentiu
quando teve de deixar o palácio onde vivia com seu pai. Mas, quando Mefibosete
chegou em Lo-Debar ...”
7. Ore para que Deus capacite sua imaginação a fim de que
seja capaz de contar a história de forma honesta, clara e interessante. Quando
findá-la, peça às crianças para resumi-la. Portanto, quando vocês estão realmente
tristes e sentem como se ninguém se importasse, que sentimentos Deus tem por
vocês? Ouça-lhes a resposta e então use sua mensagem central para consolidar o
significado da história na mente das crianças.
Acima de tudo, lembre-se de que ao contar a história você
está sendo a voz de Deus, descrevendo-Lhe o caráter às crianças.
[Extraído de Kids’ Ministry Ideas, janeiro-março de 2005,
pp. 6-7.]
Postado por Elenara Predebon
Blog:http://apequeninaluz.blogspot.com.br
VEJA MAIS COMO CONTAR HISTÓRIAS AQUI
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Muito bom,quanto mais envolvermos as crianças com os sentidos, mais elas absorverão a palavra e isso gerará fruto em suas vidas.
ResponderExcluiramem,! que lindo!
ResponderExcluirPara mim que resido na África é muito melhor. Visto que para agente ter materiais para fazer essas figuras não é fácil, e muito deles não existem. Muito obrigado
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